Estou num momento de vida em que revejo meus valores e busco transformar crenças antigas e sem consistência, que só servem para criar impedimento ao novo, ao simples, ao essencial e criativo que há em mim... e muitas vêzes se vê sufocado por idéias pré concebidas , às vêzes, até ridículas... Um dos movimentos em que tenho me empenhado é no resgate de coisas importantes de minha vida que foram sendo engolidas pelo corre corre do dia a dia. E tem sido muito gratificante. Exemplo de um resgate maravilhoso foi o reencontro com minha prima ANA MARIA, na última vez que fui ao Rio de Janeiro. Passamos uma tarde deliciosa na casa de Natalie, sua filha...um tipo de pessoa linda, por dentro e por fora, que dá vontade de colocar no colo e fazer carinho... Normalmente não sinto falta de filhas, mas confesso que adoraria ter uma filha como Natalie...A minha história com ANA é um tanto antiga, pois somos da mesma idade. Ela é filha de um irmão de meu pai e tivemos uma convivência bastante intensa na infância e adolescência, apesar de que ela não morava propriamente em Parnaíba. Mas passava as férias e num determinado momento chegou a permanecer 02 anos lá. Acredito que foi neste período que os nosos laços de amizade se fortaleceram bastante. Neste ultimo encontro no Rio fiquei a pensar nos rumos que a vida dá. Num determinado momento, lá no passado, parecia que teríamos caminhos mais ou menos semelhantes. Agora constato que tomamos rumos bastante diversos e que nos levaram a contruir histórias bastante díspares. Ana casou com um namorado americano, foi morar nos STATES, como era seu sonho, teve 02 filhos, voltaram para o Brasil e aqui o casamento chegou ao fim. Ana permaneceu com os filhos no Rio e trabalhando sempre, levou adiante a criação e educação das crianças, hoje adultos bonitos , respons´veis e bem sucedidos... Em algum momento, me parece que Ana se perdeu de si mesma, no sentido de ter objetivos pessoais mais voltados para o seu bem estar individual. No momento, além do trabalho como coordenadora de curso de uma Faculdade, praticamente preenche o seu tempo "livre" como ativista no movimento de proteção aos animais. Tem morando com ela em seu apartamento, nada menos que 27 gatos acolhidos na rua!!! Não deixa de ser uma bela e nobre causa, mas inviabiliza sua liberdade de "ser e viver" em quase todos os sentidos. Um exemplo muito forte disso é que ela sempre gostou muito de viajar e hoje, por força das circunstâncias, tem a maior dificuldede de se ausentar de casa por alguns dias. Ela se mostra muito engajada e entusiasmada com a causa, mas percebi uma certa nostalgia, quase amargura, em seu olhar...
Quanto a mim, casei com o homem amado, vim morar em Salvador, tivemos 03 filhos homens, que já estão adultos e continuo me sentindo uma "princesa dos contos de fada"... Nosso casamento é lindo e apaixondao, apesar dos muitos anos vividos juntos. Temos uma vida tranquila que nos pernite viajar muito, o que acho fundamental. Já trabalhei com educação, tive um restaurante natural, promovi eventos, fiz um curso de DESIGN DE INTERIORES e me descobri artista plástica. Agora pinto bastante e todos os anos realizo uma exposição de minhas obras. Considero minha vida como tendo realizado mais do que poderia sonhar nos meus mais lisndos sonhos . Sou alegre, sou feliz e tenho no olhar o brilho dos olhosde uma criança e de uma adolescente, que de certa forma, nunca deixei de ser... Ah1 Ana tem uma linda netinha: Ana MEL... Eu tenho dois netos fofíssimos: Ícaro e Iago.
Primeiramente, quero cumprimentá-la pelas lindas telas cujas fotos estão expostas no orkut.
ResponderExcluirAgradeço ter considerado o nosso reencontro no Rio um resgate precioso! Também achei e adorei estar com você e Antonio. Natalie vai adorar os elogios.Ela possui espaço para muitas mães, então pode adotá-la! Vocês até se parecem muito, nessa alegria, brilho e positividade. Ela é realmente muito especial, aliás, meus dois filhos são especiais.Pena que você não conheceu o Rick, que também é lindo, reunindo beleza interior e exerior.Ele lamentou não ter podido estar nesses encontros, mas não faltará oportunidade.Quem sabe ele irá comigo para celebrar os 100 da tia Santinha.
Em realidade, nunca tive objetivos voltados para o meu próprio bem-estar, no sentido material. Sinto bem-estar em proporcionar aos outros, em presentear e ajudar. Quando criança, era nítida minha preferência por ir aos aniversários dos amigos e presenteá-los. Receber, nos meus, era até constrangedor. E, isso permanece, mas até em menor escala agora. Quanto à imersão voluntária no ativismo pelos direitos dos animais, que inclui, também, muita luta política,judicial,conscientizadora, além do popular “mão na massa”, (alimentando, prestando assistência veterinária, esterilizando e arrummando lares responsáveis para os abandonados e sem-tetos), enquanto inviabiliza muito conforto material, me traz muito (conforto) espiritual e “moral”, com a certeza de estar tentando construir um mundo melhor. A tristeza percebida em meu olhar – que só os muito sensíveis percebem - não se relaciona com o lidar com os animais, mas, certamente, ao que tenho constatado sobre o ser humano, através desse lidar com os animais.
Grande abraço, querida, dessa prima,que tomou um rumo de vida diferente do seu, mas que guarda com carinho as lembranças de uma época em que “paquerava” (unilateralmente, que fique claro), um dos manos do seu grande amor.