Pois é, amanhã logo às 7:00 estaremos partindo. Como já falei em outras oportunidades , viajar para Parnaíba é diferente de viajar para outros lugares... Quando faço uma viagem qualquer, o que sinto é o sabor da aventura que se aproxima. E isso é muito gostoso, como um presságio da aproximação de novas descobertas, de estar prestes a adentrar um novo mundo cheio de coisas agradáveis e saborosas que irei experimentar com toda a minha curiosidade e entusiasmo... Já a ida para Parnaíba, tem uma conotação de não estar preparada para enfrentar dificuldades...e eu nunca me sinto realmente preparada...É um vôo no escuro, sem que eu disponha dos equipamentos que poderiam facilitar a visualização do caminho a ser percorrido e até mesmo a aterrissagem. Não sei se é pânico o que sinto, mas anda próximo disso. Fico sem saber o que colocar na mala e acabo sempre colocando muito mais do que o necessário. Tenho a nítida sensação de estar esquecendo coisas essenciais, que irão me fazer uma falta enorme por lá. Tudo fantasia, eu sei, mas é como se eu estivesse sido jogada num baile de máscaras e não encontro o caminho da saída...Sinto-me fragilizada e vulnerável indo ao encontro deste passado que vai envelhecendo e me leva para porões de uma casa que não conheço muito bem, apesar de nela ter vivido tanto tempo!...Mas assim é a vida.Tem coisas que a gente tira "de letra". Outras ficam sempre um pouco engasgadas na garganta, como um elemento estranho que arranha e incomoda. Não é que estar com minha família não me dê prazer. Muito ao contrário. Tenho um carinho imenso por todos, mas não aprendi a lidar com estes retornos e perceber que o tempo vai passando, as coisas vão mudadndo e eu não consigo acertar "meus ponteiros" com os referenciais que lá encontro... É como se ao mesmo tempo que faço parte daquele universo, também me sinto fora de contexto, incluída e excluida ao mesmo tempo... Não entro em perfeita sintonia com o clima reinante e os "ruídos" que essa dissonância causa me incomodam muito.Entendo que são dificuldades emocionais minhas, que ainda não consigui superar... E me entrego aos meus anjos de guarda para que guiem os meus passos e tudo aconteça da forma mais tranquila e serena possível. E vai acontecer. Procuro acreditar nisso e me fixo na alegria que vou proporcionar a minha mãe, na possibilidade de conviver um pouco mais com a família, amigos queridos, e na esperança de, com mais leveza, poder usufruir da presença de cada um e saber me espressar com alegria no coração...Que Deus me proteja, ilumine e guie os meus passos. Amém...
Que inveja, Inês!Bem, se a casa de sua mãe ainda tiver aquela varanda na frente, com banco longo - dava para ficar deitada - de topo avermelhado e geladinho, de onde podia-se sentir o aroma delicioso de acácias, ou eram damas da noite (?), daquela pequena árvore em destaque absoluto no jardim, é uma das lembranças gostosas de Parnaíba que eu gostaria de viver novamente. Procura minha queridíssima prima, Rosângela, que ela gostará de cantar parabéns prá você.
ResponderExcluirPois É ...seria muito bom se você também estivesse aqui. Mas de fevereiro você não nos escapa. vá logo se programando. Já falei para a mãezinha e ela ficou feliz com a possibilidade de sua vinda. estou com pressa, pois estou numa lan house. beijos...
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